Os objetivos expansionistas de Hitler eram cada vez mais evidentes. A próxima etapa foi a anexação da Áustria à Alemanha. Para isso, baseava-se na justificativa de que alemães e austríacos eram povos germânicos. Portanto, deviam estar unidos num único país e sob um mesmo governo.
A anexação ou o Anschluss, foi planejada pelo Partido Nazista Austríaco. Após assassinarem o chanceler da Áustria, os nazistas assumiram o governo e convocaram as tropas alemãs para invadir o país e anexá-lo à Alemanha. Posteriormente, por meio de um plebiscito, o povo austríaco confirmou seu apoio à anexação.
O próximo passo do Führer foi reivindicar a anexação dos Sudetos, região industrial pertencente à Tchecoslováquia. A justificativa para isso era que a maioria da população que aí vivia era de origem alemã.
Os tchecos, porém, tinham um tratado com a França e a União Soviética, em que esses dois países se comprometeriam a defender a Tchecoslováquia em caso de agressão militar. Portanto, se o exército alemão invadisse o território tcheco, uma nova guerra seria desencadeada.
A Inglaterra e a França apelaram outra vez para a política de apaziguamento. Em setembro de 1938, representantes da Alemanha, da França, da Inglaterra, com a mediação de Mussolini, da Itália, reuniram-se em Munique para decidir os destinos dos territórios tchecos. A Inglaterra e a frança cederam às imposições de Hitler, permitindo a anexação dos Sudetos. Sem o apoio da França e da União Soviética, a Tchecoslováquia não teve outra alternativa senão entregar essa região à Alemanha.
Mas a ação de Hitler sobre o território tcheco não parou por aí. No ano seguinte, março de 1939, acabou por desmembrar o restante da Tchecoslováquia: incorporou a Boêmia e a Morávia, sob a forma de protetorado, e proclamou a independência da Eslováquia. Com a integração da indústria tcheca, a capacidade bélica da Alemanha cresceu de forma significativa.
Aproveitando-se da mesma situação, Mussolinii conquistou a Albânia, em 1939. No mesmo ano, a Itália e a Alemanha, os dois Estados totalitários da Europa ocidental, fizeram uma aliança, o Pacto do Aço.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
A entrada dos Estados Unidos
Em 1940 o Japão voltou os olhos para o sudeste da Ásia (Indochina francesa, Birmânia, e Malásia britânicas e as Índias Orientais holandesas). Esperava obter dessas áreas o petróleo, a borracha , o estanho e o arroz. Achava que um golpe rápido contra a frota norte-americana no Pacífico lhe daria tempo para ampliar e consolidar seu império. A 7 de dezembro de 1941, os aviões japoneses atacaram a base naval de Pearl Harbor, no Havaí. Enquanto os norte-americanos sofreram uma derrota total, os japoneses perderam apenas 29 aviões. Depois desse ataque, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão. A partir daquele momento, a imensa capacidade industrial norte-americana poderia ser usada contra os países do Eixo.
A resistência
Todo país ocupado teve seus colaboradores nazistas, que viam com satisfação o desaparecimento da democracia e consideravam Hitler a defesa contra o comunismo. Mas também tiveram movimentos de resistência. Na Europa Ocidental, a resistência salvava pilotos, enviava informações militares para a Inglaterra e sabotava instalações. Os resistentes noruegueses explodiram o estoque alemão de água pesada, necessário a pesquisa atômica.
Os dinamarqueses sabotaram as ferrovias. Os gregos dinamitaram um viaduto, interrompendo o abastecimento das tropas alemãs no norte da África. Os poloneses interferiram nas remessas de abastecimento para os nazistas na frente oriental. As montanhas e florestas da Iugoslávia constituíram um terreno excelente para a guerra de guerrilha. O principal exército iugoslavo de resistência era comandado por Josip Broz, mais conhecido como Tito, que organizou uma força de combate disciplinada, a qual acabou libertando seu país do domínio nazista.
A invasão da Rússia
A destruição do bolchevismo e a conquista da Rússia eram elementos básicos da ideologia de Hitler. Além de disso, uma invasão a esse país garantiria aos alemães trigo, petróleo e manganês. Para a guerra contra a Rússia, o Führer havia preparado uma força de 4 milhões de homens, 3.300 tanques e 5 mil aviões. Nas primeiras horas de 22 de junho de 1941, os alemães lançaram sua ofensiva: a operação Barba Ruiva. Avançaram, isolando as forças russas, desorganizadas e despreparadas. Descrevendo a guerra como uma cruzada para salvar a Europa do "bolchevismo judaico", a propaganda nazista afirmava que a vitória estava assegurada. As tropas alemãs, no entanto, longe de suas linhas de abastecimento, começaram a sofrer falta de combustível, e tiveram de enfrentar estradas que se transformavam num mar de lama quando chegaram as chuvas de outono. Além disso, um inverno rigoroso prejudicou a tentativa alemã de ocupar Moscou.
Os alemães também não conseguiram tomar Leningrado, que desde setembro ficou cercada e sob constante bombardeio. Durante o cerco, os cidadãos locais revelaram uma coragem extraordinária para enfrentar a fome, as doenças e os bombardeios que custaram quase um milhão de vidas. A campanha russa demonstrou que os nazistas não eram invencíveis.
A Guerra
A aviação alemã, a Luftwaffe, destruiu os aviões poloneses no solo, atacou tanques e bombardeou as redes de defesa. Tanques abriram brechas nas defesas polonesas e pára-quedistas, lançados por trás das linhas, tomaram posições importantes. Em 8 de setembro, os alemães avançaram até as proximidades de Varsóvia. Dezenove dias depois, a Polônia rende-se. Era a Blitzkrieg (guerra-relâmpago).
A conquista da Polônia anunciava o desejo de um império alemão. Quando as condições fossem propícias, a Alemanha lançaria uma grande ofensiva no oeste.
O período de seis meses que se seguiu foi denominado de "guerra de mentira", pois consistiu apenas em uns poucos confrontos terrestres na fronteira franco-germânica. Então, em abril de 1940, a Blitzkrieg alemã voltou-se contra a Dinamarca e a Noruega. Hitler queria assegurar o acesso ao aço sueco, que lhe chegava através da Noruega. Além disso, esperava estabelecer bases navais nesse país, a partir das quais faria ataques submarinos à Inglaterra.
Uma força anglo-francesa prestou ajuda aos noruegueses, mas os desembarques, mal coordenados e sem apoio aéreo, falharam. Em questão de horas a Dinamarca foi dominada. O fracasso britânico levou à queda de Chamberlain e à ascensão de Winston Churchill, que se opusera ao apaziguamento.
Em 10 de maio de 1940, os alemães invadiram a Bélgica, a Holanda e Luxemburgo, países que eram neutros. Acreditando ser esse o principal ataque alemão, as tropas francesas acorreram à Bélgica, mas uma ameaça ainda maior surgiu no sul da França. Em 12 de maio, unidades alemãs estavam em solo francês , nas proximidades de Sedan. Ao mesmo tempo, a Luftwaffe bombardeava as praias do norte da França e cerca de 338 mil soldados ingleses e franceses fugiam pelo canal da Mancha em destróieres, navios mercantes, barcos de pesca e embarcações de recreio.
Diante da derrota generalizada o gabinete francês apelou para um armistício, que foi assinado a 22 de junho, no mesmo vagão ferroviário em que a Alemanha firmara o armistício que pusera fim à Primeira Guerra Mundial.
De acordo com os termos do armistício, a Alemanha ocupou o norte do país e o litoral voltado para o canal da Mancha. O exército francês foi desmobilizado e seu governo, agora sediado em Vichy, no sul, e chefiado pelo marechal Pétain, heroi da Primeira Guerra, colaboraria com as autoridades alemãs da zona ocupada. Recusando-se a aceitar a derrota, o general Charles de Gaulle fugiu para Londres e organizou a resistência francesa.
O próximo passo de Hitler foi a Inglaterra, com forte poder aéreo e marítimo. Em agosto de 1940, a Luftwaffe começou seu ataque às bases navais e aéreas inglesas. Diariamente travavam-se batalhas aéreas nos céus ingleses, enquanto os habitantes de Londres buscavam refúgio nas estações de metrô e nos porões, para escapar às bombas. O aperfeiçoamento do radar, a habilidade dos pilotos britânicos e a incapacidade alemã de compensar suas pesadas perdas aéreas impediram uma vitória nazista.
A lista de Schindler
A Lista de Schindler retrata um capítulo terrível na história da humanidade é uma das obras primas do cinema, combina humanismo com o horror trágico provocado pelo Holocausto criando uma obra de arte emocional. Em mais uma das ideias inteligentes de Steven Spielberg ele produziu esse filme em preto e branco ficando mais sombrio e emocional. A qualidade é simplesmente brilhante, com Liam Neeson no papel salvador de vidas de Oskar Schindler, e Ralph Fiennes fazendo o nazista sem caráter Amon. O filme também tem muito mais ainda a dizer sobre o poder absoluto e fora de controle que corrompe. A cena mais marcante do filme é a aparição de uma menina vestindo um casaco vermelho, a única mancha de cor durante todo o filme, acredita-se que essa aparição no filme foi o único sinal de esperança, pois fez com que Schindler sentisse compaixão dos judeus e descobrisse sua missão, que era salvar o máximo de pessoas. Em outra cena em meio de milhares de mortes é possível ver a menina do casaco vermelho, esta história é real como foi contado no julgamento de Eichmann. |
O Nazismo
Nos últimos dias da Primeira Guerra Mundial, o governo imperial alemão foi derrubado e substituído por uma república democrática. A 9 de novembro 1918, os líderes do governo anunciaram o fim da monarquia, enquanto o kaiser Guilherme II fugia para Holanda. Dois dias depois, a nova República Alemã, social-democrata, assinava um armistício, pondo fim à guerra. Em fevereiro de 1919, a Assembleia Nacional, recém-eleita, reuniu-se em Weimar para preparar a constituição do novo Estado. Nascia ali a República de Weimar.
A jovem República enfrentou fortes ameaças internas. Em janeiro de 1919, o partido Comunista Alemão, ou espartaquista, saíra às ruas de Berlim e declarara deposto o governo social-democrata. Para esmagar o movimento, brigas voluntárias haviam sufocado a rebelião e assassinado em 15 de janeiro, Rosa Luxemburgo, grande líder marxista.
Além das pressões políticas, a República enfrentava também uma crise econômica. Durante a guerra, a Alemanha financiara suas despesas militares com empréstimos a curto prazo, acumulando dessa forma uma imensa dívida que agora teria de ser paga. Um déficit comercial e as enormes indenizações de guerra agravavam as dificuldades econômicas do país. Incapaz de enfrentar o déficit de orçamento nacional, o governo simplesmente emitia mais dinheiro, fazendo com que o valor do marco alemão caísse rapidamente. Em 1914, o marco estava a 4,2 para o dólar; em 1919, 8,9; começo de 1923, 18 mil. Em agosto de 1923, 1 dólar podia ser trocado por 4,6 milhões de marcos, e em novembro de por 4 bilhões. Poupanças bancárias, apólices de guerra, pensões perderam o valor, responsabilizando o governo pelo desastre.
De 1924 a 1929, as condições financeiras melhoraram, atraídos pelas altas taxas de juros e pelo baixo custo de mão-de-obra, capitalistas estrangeiros, investiram na Alemanha. Em 1929, a produção de ferro, aço, carvão, e da indústria química ultrapassou os níveis de antes da guerra. Parecia que Alemanha tinha conseguido estabilidade política, desaparecendo ameaças de partidos extremistas da esquerda e da direita. Mas veio então a grande depressão, em outubro de 1929, debilitando a república Weimar.
Adolf Hitler, em 1919 ingressou no partido Nazista, um pequeno grupo de direita entre mais de 70 organizações extremistas que surgiram na Alemanha depois da Guerra, rapidamente se tornou líder do partido.
O poder de Hitler
Como Mussolini, Hitler levou atitudes e técnicas militares para a política. Uniformes, saudações, emblemas, bandeiras e outros símbolos davam aos membros do partido uma sensação de solidariedade. Nos comícios de massa, ele dava murros, sacudia o corpo, tinha gestos bruscos e denunciava furiosamente o "Ditado" de Versalhes, o marxismo, a república e os judeus.
Em novembro de 1923, Hitler tentou tomar o poder (o putsch de Munique) no estado da Baviera, mas fracassou e terminou preso. Quando submetido ao julgamento, denunciou o Tratado de Versalhes e proclamou sua filosofia de nacionalismo racial, seus discursos, deram-lhe reputação e uma sentença de de cinco anos de prisão, onde ditou o Mein Kampft (Minha Luta) com a essência de sua visão do mundo.
Quando Hitler deixou a prisão, as condições econômicas haviam melhorado e a república parecia estável. Em 1928, os nazistas receberam apenas 2,6% dos votos, no entanto a grande depressão, trouxe a crise. Com o agravamento dessa situação os nazistas aumentaram seus esforços. Com isso, o Partido Nazista elevou sua representação no Reichstag de 12 para 107 deputados. Na eleição de 31 de julho de 1932, os nazistas receberam 37,3% dos votos e conquistaram 230 cadeiras no parlamento. Pressionado, o presidente Paul von Hindenburg, nomeou Hitler como chanceler. Aproveitando-se de um incêndio em Reichstag, em fevereiro de 1933, pressionou Hindenburg a assinar um decreto de emergência suspendendo os direitos civis . Depois usou esses poderes para prender, sem processo, os deputados comunistas e social-democratas. E forçou o Parlamento a aprovar em março de 1933, uma lei que permitia ao chanceler legislar independentemente do Parlamento. A ditadura Nazista estava começando.
A jovem República enfrentou fortes ameaças internas. Em janeiro de 1919, o partido Comunista Alemão, ou espartaquista, saíra às ruas de Berlim e declarara deposto o governo social-democrata. Para esmagar o movimento, brigas voluntárias haviam sufocado a rebelião e assassinado em 15 de janeiro, Rosa Luxemburgo, grande líder marxista.
Além das pressões políticas, a República enfrentava também uma crise econômica. Durante a guerra, a Alemanha financiara suas despesas militares com empréstimos a curto prazo, acumulando dessa forma uma imensa dívida que agora teria de ser paga. Um déficit comercial e as enormes indenizações de guerra agravavam as dificuldades econômicas do país. Incapaz de enfrentar o déficit de orçamento nacional, o governo simplesmente emitia mais dinheiro, fazendo com que o valor do marco alemão caísse rapidamente. Em 1914, o marco estava a 4,2 para o dólar; em 1919, 8,9; começo de 1923, 18 mil. Em agosto de 1923, 1 dólar podia ser trocado por 4,6 milhões de marcos, e em novembro de por 4 bilhões. Poupanças bancárias, apólices de guerra, pensões perderam o valor, responsabilizando o governo pelo desastre.
De 1924 a 1929, as condições financeiras melhoraram, atraídos pelas altas taxas de juros e pelo baixo custo de mão-de-obra, capitalistas estrangeiros, investiram na Alemanha. Em 1929, a produção de ferro, aço, carvão, e da indústria química ultrapassou os níveis de antes da guerra. Parecia que Alemanha tinha conseguido estabilidade política, desaparecendo ameaças de partidos extremistas da esquerda e da direita. Mas veio então a grande depressão, em outubro de 1929, debilitando a república Weimar.
Adolf Hitler, em 1919 ingressou no partido Nazista, um pequeno grupo de direita entre mais de 70 organizações extremistas que surgiram na Alemanha depois da Guerra, rapidamente se tornou líder do partido.
O poder de Hitler
Como Mussolini, Hitler levou atitudes e técnicas militares para a política. Uniformes, saudações, emblemas, bandeiras e outros símbolos davam aos membros do partido uma sensação de solidariedade. Nos comícios de massa, ele dava murros, sacudia o corpo, tinha gestos bruscos e denunciava furiosamente o "Ditado" de Versalhes, o marxismo, a república e os judeus.
Em novembro de 1923, Hitler tentou tomar o poder (o putsch de Munique) no estado da Baviera, mas fracassou e terminou preso. Quando submetido ao julgamento, denunciou o Tratado de Versalhes e proclamou sua filosofia de nacionalismo racial, seus discursos, deram-lhe reputação e uma sentença de de cinco anos de prisão, onde ditou o Mein Kampft (Minha Luta) com a essência de sua visão do mundo.
Quando Hitler deixou a prisão, as condições econômicas haviam melhorado e a república parecia estável. Em 1928, os nazistas receberam apenas 2,6% dos votos, no entanto a grande depressão, trouxe a crise. Com o agravamento dessa situação os nazistas aumentaram seus esforços. Com isso, o Partido Nazista elevou sua representação no Reichstag de 12 para 107 deputados. Na eleição de 31 de julho de 1932, os nazistas receberam 37,3% dos votos e conquistaram 230 cadeiras no parlamento. Pressionado, o presidente Paul von Hindenburg, nomeou Hitler como chanceler. Aproveitando-se de um incêndio em Reichstag, em fevereiro de 1933, pressionou Hindenburg a assinar um decreto de emergência suspendendo os direitos civis . Depois usou esses poderes para prender, sem processo, os deputados comunistas e social-democratas. E forçou o Parlamento a aprovar em março de 1933, uma lei que permitia ao chanceler legislar independentemente do Parlamento. A ditadura Nazista estava começando.
O Fascismo
Uma nova civilização! Essa era a promessa fascista. Uma civilização nacionalista, gigante por sua própria natureza, distante do liberalismo e do marxismo. Um modelo de sociedade que se pretendia distante das ruínas da democracia liberal e do bolchevismo. Na construção dessa sociedade, o marxismo era um inimigo. Os fascistas reintegrariam o proletariado à pátria, acabando com a luta de classes que dividia a nação. O mundo fascista exaltaria a vontade e impediriam a ação instintiva, agressiva.
Glorificando a ação, os fascistas organizaram exércitos particulares que atraíram veteranos de guerra que buscavam preservar a fidelidade, a camaradagem e a violência da frente do combate. O líder e o partido saberiam o que era melhor para a nação e aliviariam o indivíduo da necessidade de tomar decisões. Pequenos comerciantes, artesãos, funcionários, empregados do escritório, camponeses de alguns recursos, que tinham medo tanto do grande capitalismo como do socialismo, rapidamente engrossaram as fileiras fascistas. Esperavam que o fascismo os protegesse da competição das grandes empresas e impedisse a classe operária de estabelecer um Estado marxista que ameaçasse a sua propriedade. Seria uma maneira anticomunista de superar as crises econômicas e restabelecer o respeito à nação.
Marcha sobre a Itália
Embora a Itália estivesse entre os vencedores da Primeira Guerra Mundial, tinha o aspecto de uma nação derrotada. A escassez de alimentos, a elevação dos preços, desemprego em grande escala, as greves violentas, a ocupação de fábricas pelos operários criaram um clima de crise. Os grandes latifundiários e os industriais temiam que a nação estivesse à beira de uma revolução ao estilo bolchevique. Os italianos sentiram que, apesar de seus sacrifícios, os frutos da vitória lhes haviam sido roubados. Embora tivesse recebido o passo do Brenner e Trieste, a Itália não conseguiu o litoral dálmata, o porto de Fiúme, no Mar Adriático, e os territórios na África e no Oriente Médio, os Nacionalistas culpavam o governo liberal pelo que chamavam de "vitória mutilada".
Benito Mussolini era, em 1921 diretor do Avanti, principal jornal socialista italiano. Logo no início da Primeira Guerra foi expulso do Partido Socialista por defender a intervenção italiana na guerra. Em 1919 organizou o partido Fascista, atraindo simpatizantes entre os descontentes, desiludidos e os desajustados. Veteranos da guerra viam com satisfação a oportunidade de usar a milícia fascista (camisas negras), desfilar nas ruas e brigar com os adversários socialistas e sindicalistas. Considerando o liberalismo como falido e governo parlamentar como inútil, muitas pessoas ansiavam por uma ditadura militar.
Em outubro de 1922, falando num comício gigante, Mussolini disse: "Ou nos entregam o governo ou nós o tomaremos marchando sobre Roma". Poucos dias depois, os fascistas iniciaram a marcha sobre Roma. Alguns deputados exigiram que o exército defendesse o o governo contra um golpe fascista, o rei, no entanto, acreditando estar salvando a Itália, nomeou Mussolini como primeiro-ministro.
Os fascistas tinham apenas 35 das 535 cadeiras do Parlamento. Mussolini tinha que conviver com antifascistas. nessa fase inicial, ele procurou manter uma imagem moderada, e tentava convencer que pretendia agir dentro da constituição, e que não buscava o poder ditatorial. Nas eleições de 1924, apoiados no terrorismo fascista seus partidários atingiram 65% da votação.
O poder de Mussolini
Nas eleições de 1924, o líder Giacomo Matteotti protestou contra as táticas terroristas fascistas e foi morto pela milícia do partido, indignados alguns democratas abandonaram a Câmara dos Deputados, porém a maioria dos liberais continuou a apoiá-lo. A partir daí, Mussolini procurou estabelecer uma ditadura. Em 1925-1926, eliminou os não-fascistas de seu gabinete, dissolveu os partidos da oposição, esmagou os sindicatos independentes, fechou jornais oposicionistas, substituiu prefeitos municipais por funcionários fascistas e criou uma polícia secreta para prender opositores.
Glorificando a ação, os fascistas organizaram exércitos particulares que atraíram veteranos de guerra que buscavam preservar a fidelidade, a camaradagem e a violência da frente do combate. O líder e o partido saberiam o que era melhor para a nação e aliviariam o indivíduo da necessidade de tomar decisões. Pequenos comerciantes, artesãos, funcionários, empregados do escritório, camponeses de alguns recursos, que tinham medo tanto do grande capitalismo como do socialismo, rapidamente engrossaram as fileiras fascistas. Esperavam que o fascismo os protegesse da competição das grandes empresas e impedisse a classe operária de estabelecer um Estado marxista que ameaçasse a sua propriedade. Seria uma maneira anticomunista de superar as crises econômicas e restabelecer o respeito à nação.
Marcha sobre a Itália
Embora a Itália estivesse entre os vencedores da Primeira Guerra Mundial, tinha o aspecto de uma nação derrotada. A escassez de alimentos, a elevação dos preços, desemprego em grande escala, as greves violentas, a ocupação de fábricas pelos operários criaram um clima de crise. Os grandes latifundiários e os industriais temiam que a nação estivesse à beira de uma revolução ao estilo bolchevique. Os italianos sentiram que, apesar de seus sacrifícios, os frutos da vitória lhes haviam sido roubados. Embora tivesse recebido o passo do Brenner e Trieste, a Itália não conseguiu o litoral dálmata, o porto de Fiúme, no Mar Adriático, e os territórios na África e no Oriente Médio, os Nacionalistas culpavam o governo liberal pelo que chamavam de "vitória mutilada".
Benito Mussolini era, em 1921 diretor do Avanti, principal jornal socialista italiano. Logo no início da Primeira Guerra foi expulso do Partido Socialista por defender a intervenção italiana na guerra. Em 1919 organizou o partido Fascista, atraindo simpatizantes entre os descontentes, desiludidos e os desajustados. Veteranos da guerra viam com satisfação a oportunidade de usar a milícia fascista (camisas negras), desfilar nas ruas e brigar com os adversários socialistas e sindicalistas. Considerando o liberalismo como falido e governo parlamentar como inútil, muitas pessoas ansiavam por uma ditadura militar.
Em outubro de 1922, falando num comício gigante, Mussolini disse: "Ou nos entregam o governo ou nós o tomaremos marchando sobre Roma". Poucos dias depois, os fascistas iniciaram a marcha sobre Roma. Alguns deputados exigiram que o exército defendesse o o governo contra um golpe fascista, o rei, no entanto, acreditando estar salvando a Itália, nomeou Mussolini como primeiro-ministro.
Os fascistas tinham apenas 35 das 535 cadeiras do Parlamento. Mussolini tinha que conviver com antifascistas. nessa fase inicial, ele procurou manter uma imagem moderada, e tentava convencer que pretendia agir dentro da constituição, e que não buscava o poder ditatorial. Nas eleições de 1924, apoiados no terrorismo fascista seus partidários atingiram 65% da votação.
O poder de Mussolini
Nas eleições de 1924, o líder Giacomo Matteotti protestou contra as táticas terroristas fascistas e foi morto pela milícia do partido, indignados alguns democratas abandonaram a Câmara dos Deputados, porém a maioria dos liberais continuou a apoiá-lo. A partir daí, Mussolini procurou estabelecer uma ditadura. Em 1925-1926, eliminou os não-fascistas de seu gabinete, dissolveu os partidos da oposição, esmagou os sindicatos independentes, fechou jornais oposicionistas, substituiu prefeitos municipais por funcionários fascistas e criou uma polícia secreta para prender opositores.
A pior das guerras
Ao terminar a Primeira Guerra Mundial, os países vencedores, principalmente França, tiveram um comportamento revanchista em relação à Alemanha. As indenizações de guerra impostas ao alemães eram tão pesadas que provocaram sérios problemas econômicos e sociais ao país. Essa crise agravou-se ainda mais com o crash da Bolsa de Nova York. Em 1919, logo depois de terminada a guerra, os países vencedores criaram a Sociedade das Nações, que tinha como objetivo resolver pacificamente os conflitos internacionais. Apesar das esperanças que foram depositadas na sociedade, ela não conseguiu conter a ação expansionista e agressiva da Alemanha, da Itália e do Japão. No começo, a Alemanha venceu muitas batalhas e até a França foi ocupada. A grande virada aconteceu quando os nazistas foram derrotados pelos soviéticos em Stalingrado. A partir daí, a vitória dos Aliados (EUA, Inglaterra e URSS) foi inevitável. O Japão se rendeu depois de sofrer o ataque das bombas atômicas dos EUA. Entre 1939 a 1945 aconteceu a mais violenta guerra que já houve no mundo, nenhuma matou tantas pessoas nem destruiu tantas coisas. Além dos judeus, ciganos, russos, homossexuais e comunistas foram mortos nos campos de concentração nazistas.
1930-1938: aumenta a tensão internacional
A partir da crise desencadeada pela quebra da Bolsa de Nova York, os países europeus tomaram medidas para proteger suas economias, o que dificultou o comércio internacional. A frança e a Inglaterra tinham melhores condições de enfrentar a crise por causa do grande número de colônias que possuíam.
Por que houve guerra?
A Segunda Guerra Mundial teve uma causa bem parecida com a da Primeira: o conflito entre os países imperialistas. O imperialismo da Alemanha, desta vez unido com o italiano, novamente encarou o imperialismo britânico e o francês. Na Ásia e no oceano Pacífico, o jovem imperialista nipônico (japonês) confrontou-se com ianque (norte-americano) na luta pelo domínio dessa região. Mas a Segunda Guerra Mundial também teve uma característica política especial: ela começou quando os países do Eixo ( Alemanha, Itália e Japão) atacaram outros países. Esses países tinham governos fascistas, que desejavam dominar povos, considerados inferiores, e construir grandes impérios. Portanto, a Segunda Guerra também pode ser vista como um conflito político entre os países fascistas e os países antifascistas.
1930-1938: aumenta a tensão internacional
A partir da crise desencadeada pela quebra da Bolsa de Nova York, os países europeus tomaram medidas para proteger suas economias, o que dificultou o comércio internacional. A frança e a Inglaterra tinham melhores condições de enfrentar a crise por causa do grande número de colônias que possuíam.
Por que houve guerra?
A Segunda Guerra Mundial teve uma causa bem parecida com a da Primeira: o conflito entre os países imperialistas. O imperialismo da Alemanha, desta vez unido com o italiano, novamente encarou o imperialismo britânico e o francês. Na Ásia e no oceano Pacífico, o jovem imperialista nipônico (japonês) confrontou-se com ianque (norte-americano) na luta pelo domínio dessa região. Mas a Segunda Guerra Mundial também teve uma característica política especial: ela começou quando os países do Eixo ( Alemanha, Itália e Japão) atacaram outros países. Esses países tinham governos fascistas, que desejavam dominar povos, considerados inferiores, e construir grandes impérios. Portanto, a Segunda Guerra também pode ser vista como um conflito político entre os países fascistas e os países antifascistas.
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