A conquista da Polônia anunciava o desejo de um império alemão. Quando as condições fossem propícias, a Alemanha lançaria uma grande ofensiva no oeste.
O período de seis meses que se seguiu foi denominado de "guerra de mentira", pois consistiu apenas em uns poucos confrontos terrestres na fronteira franco-germânica. Então, em abril de 1940, a Blitzkrieg alemã voltou-se contra a Dinamarca e a Noruega. Hitler queria assegurar o acesso ao aço sueco, que lhe chegava através da Noruega. Além disso, esperava estabelecer bases navais nesse país, a partir das quais faria ataques submarinos à Inglaterra.
Uma força anglo-francesa prestou ajuda aos noruegueses, mas os desembarques, mal coordenados e sem apoio aéreo, falharam. Em questão de horas a Dinamarca foi dominada. O fracasso britânico levou à queda de Chamberlain e à ascensão de Winston Churchill, que se opusera ao apaziguamento.
Em 10 de maio de 1940, os alemães invadiram a Bélgica, a Holanda e Luxemburgo, países que eram neutros. Acreditando ser esse o principal ataque alemão, as tropas francesas acorreram à Bélgica, mas uma ameaça ainda maior surgiu no sul da França. Em 12 de maio, unidades alemãs estavam em solo francês , nas proximidades de Sedan. Ao mesmo tempo, a Luftwaffe bombardeava as praias do norte da França e cerca de 338 mil soldados ingleses e franceses fugiam pelo canal da Mancha em destróieres, navios mercantes, barcos de pesca e embarcações de recreio.
Diante da derrota generalizada o gabinete francês apelou para um armistício, que foi assinado a 22 de junho, no mesmo vagão ferroviário em que a Alemanha firmara o armistício que pusera fim à Primeira Guerra Mundial.
De acordo com os termos do armistício, a Alemanha ocupou o norte do país e o litoral voltado para o canal da Mancha. O exército francês foi desmobilizado e seu governo, agora sediado em Vichy, no sul, e chefiado pelo marechal Pétain, heroi da Primeira Guerra, colaboraria com as autoridades alemãs da zona ocupada. Recusando-se a aceitar a derrota, o general Charles de Gaulle fugiu para Londres e organizou a resistência francesa.
O próximo passo de Hitler foi a Inglaterra, com forte poder aéreo e marítimo. Em agosto de 1940, a Luftwaffe começou seu ataque às bases navais e aéreas inglesas. Diariamente travavam-se batalhas aéreas nos céus ingleses, enquanto os habitantes de Londres buscavam refúgio nas estações de metrô e nos porões, para escapar às bombas. O aperfeiçoamento do radar, a habilidade dos pilotos britânicos e a incapacidade alemã de compensar suas pesadas perdas aéreas impediram uma vitória nazista.
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